MEDO DE MORRER ENTRE ESTRANHOS

Um medo é uma bênção espinhosa, severa

Raiz do caminhar pra frente, taça do melhor vinho

Um medo faz mais que mil lições teóricas

Completa o ser quando ele se acha fora do casulo

Um medo te dá sem receber

Faz sua cama na relva

Um medo é seu e de ninguém mais

Pois não se teme da mesma forma, bem como nenhuma outra coisa se faz

Temor de acordar caindo

Temor de viver

Temor de ser só

Temor de envelhecer

Temor de morrer entre estranhos...

Mas, afinal, quem não é um estranho?

Caio Braga
Enviado por Caio Braga em 08/07/2017
Código do texto: T6048644
Classificação de conteúdo: seguro