SET POINT
Em cada rendado um ponto,
Nos retalhos rotos da vida,
Há sempre uma pequena falha,
Pra atrapalhar nossa sina.
Em sorte vento sopra forte,
Na derrota enfrenta a morte,
No coração a dor que sofre,
Na canção a sinfonia de um pop.
Senta sacode a criança,
Que dorme sorrindo no peito,
Sugando com sofreguidão o leite,
Da mãe o ser mais que perfeito.
Vou à foz do rio da vida,
Descobrir que a estrada é a ponte,
Que balouça jogos e sonhos,
E me convida ao set point.
Risos e risos,
Hinos e hinos,
Choros corrompidos,
Na busca dos idos e vindos.
Tentando no jogo da vida,
Ser herói ou vencedor,
Entendo que não passamos,
De cheiro mal de odor,
De beija-flor que ama a rosa,
Ou um de malvado condor.
Mas que adianta
Oh! Fantástica vida
Superar tantas misérias,
Se o tempo passa rápido,
Ao som de uma aquarela?
Eu só queria ver a foz
Da vida por um instante,
Remarcar a minha fonte
Só precisar desse jogo,
Se houver um set point.
Arthur Marques de Lima Silva
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07/07/2017