íntima sensibilidade

Íntima sensibilidade

(Relendo a soltura dos celerados da lava jato , em última instância)

A trava da vida basta-se a si mesma,

O íntimo melindre não tem governo.

Com seus senões e minha certeza:

- Que o mundo girava quando nasci,

Vai continuar a girar quando morrer

Ante meu ciclo de espairecer…

Então, basta-me a tragédia da alegria

Esse entender e desentender comigo

Que comigo convivo às turras

E não preciso inimigos, políticos,

Tenho-os como bem à distância.

Meus olhos veem o pôr do sol,

Não o pôr da razão.

Assim tenho comigo que possa ser eu

Meu inimigo, ou amigo, de ocasião,

Levado, sem flores, à morada

Que outros reverenciam como última,

Mas fogem dela, ali seremos iguais,

Eu e o mais promíscuo politiqueiro

Nessa prostração genérica

Que nos incute culpas e mazelas,

Tempo inteiro.

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Enviado por sergio donadio em 06/07/2017
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