VERSO POENTE
Há sombra na vidraça
da janela existencial.
Esperança em espera
nos ecos de abismos.
Ao longe,
um sino plangente anuncia
a Ave-Maria.
Esquecida nos alfarrábios,
flor antiga
ainda sangra saudade.
Qual andorinha
voando alhures pela tarde morta,
um verso poente
procura poeta para dormir.
Há sombra na vidraça
da janela existencial.
Esperança em espera
nos ecos de abismos.
Ao longe,
um sino plangente anuncia
a Ave-Maria.
Esquecida nos alfarrábios,
flor antiga
ainda sangra saudade.
Qual andorinha
voando alhures pela tarde morta,
um verso poente
procura poeta para dormir.