Melancolia

A alma escorre dentro da solidão

e fica imóvel

se ressente,

sente e sofre

os pesadelos todos do mundo.

É como se adentrasse o monturo e

apodrecesse, sem sal da terra

esquecida da vida.

Chora todas as lágrimas

beirando o precipício

ali onde a ansiedade consome

a solidão sempre faminta

devora todos os sentimentos

e a alma verte dor em seus gritos.

Espera, quase sem esperança

o sal da terra,

a flor branca da paz,

a janela que abra para fora,

o moinho do tempo trazendo vida,

Em torpor se dilacera solitária

na escuridão, a pobre alma

ansiando a luz que mostre o caminho.

Paula Belmino