Ave fênix

Andava de um lado ao outro,

Sem parar

Sua sola sangrava

Batia cabeça com sua própria sombra

Tropeçava em seu minimo chão...

Seu pensar ultrapassava a estratosfera,

Viajava no mais profundo fim de linha

Navegava em nuvens negras

Voava, caia, subia

Ultrapassando a lógica, a realidade...

Foi decretado por uma voz nada familiar

A pós - morte - dele

E estirado foi para seu cárcere privado

Privado de sonhos, de metas, de vida...

Entre quatro paredes

Era esmagado, apertando...

Descompassado...

Árduo e sereno, confuso

Seu barril de pólvora estava aceso

Prestes a explodir

A pressão que estava sentindo, o tornava inacessível

Calafrios misturados com dormência

Seu peito estava rasgando

Sua mão parecia ter mal de Parkinson...

A cada fisgada, a nua e crua verdade prendia

A inércia acabaria

Mas sua vida estava por um fiapo, uma linha tênue tão frágil

Que romperia com um assopro...

Passou um filme de drama, suspense, amor, comédia e infantil em sua vida, em segundos

Ele teve medo de partir...

Há quem diga que ele nascerá naquele dia cinco de julho

Relatos de que as cinzas da maca onde ele foi socorrido, ficaram como recordação...

Felippe Lacerda
Enviado por Felippe Lacerda em 06/07/2017
Reeditado em 26/07/2017
Código do texto: T6046936
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