Despindo o sonho
 
A vida passa em tempo
Numa estrada íntima
Por um devaneio quase oculto
Na sombra da liberdade em cores
Para pichar no horizonte
O destino que atropela os brutos
E descansa sobre a pedra
A morte em várias línguas
Expondo na lágrima que chora
Sem destino persegue o dia
Na primavera perpassa em flores
Beirando a lógica orquestrada
E a vida se esgarça em sonhos
Enquanto a tristeza reza
E despe com cautela a face bela
Aos olhos de figuras inúteis
Deixando suado seu pranto
Abraça com vontade a fé sem crédito
Numa contração em transe
Declina na luz parte do seu encanto
Abraça seu corpo frágil e nu
E escorre na água que sai da lágrima
Despindo o sonho da alma
No abismo que anula
A emoção partida

 
 
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Gernaide Cezar
Enviado por Gernaide Cezar em 05/07/2017
Reeditado em 05/08/2018
Código do texto: T6046461
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