cidades
veios na imensidão
das coisas, verbos que
são pontes entre os lajedos,
biqueiras que foram fundadas
no coração das árvores,
fogo e gelo: dois modos
de se queimar no tempo, as
janelas se abrem e o que
se nos apresenta são olhos
que engolem o sangue dos pensamentos,
os amantes(sempre os amantes
a cavoucar o prazer) buscam o gozo
de um céu imaginável, mas imersos
no grande dilema, dançam
sobre as cinzas das cidades mortas