As Marcas na Bandeira

De laços fraternos

De verdes eternos

Verde, azul e amarelo

Eu sou

Terra vermelha

Sem vida, areia

Chão rachando em cadeias

Eu sou

Entre o mundo

Preto e branco

Eu sou

O verde, o marrom

Que não morre

E que traz

Um pouco de esperança

Pra esse povo cansado e sofredor

Cansados de dá nó

Nos fios desbotados

Que surgem

Do trabalho

Arriscado

De mãos e punhos cortados

E alma

Desse povo batalhador

Dos fios dourados

Estendidos, dançando no vento

Que quando criança

Entrava na dança

Fica a lembrança

Daqueles velhos momentos

Os campos amarelos

De amor e suor

Que foram dados

A nós

Eu sou o canto do assum preto

E a voz

Eu sou

O solo rachado

O jegue arriado

O manu"fator"

Eu sou Dona nega

Que chora a perda

Do seu grande amor

Eu sou

A riqueza

A nota

A beleza

Nos cantos tocantes

Dum velho embolador

Eu sou o

Ê boooooii

Do novo aboiador

Eu sou

A bonança

A velha esperança

Desse povo

Sou o calor

Eu sou o reinado

De Akhenaton

Eu sou a flor da caatinga

A rainha

O amor

Eu sou

Agave Sisalana

As marcas na bandeira

Dessa cidade

São minhas

Me respeite

Por favor