EN PASSANT

Monólogos atravessam janelas

Que trincam aos vãos do silêncio

São verbos das vãs organelas

Que rondam as ruas sem alento.

Esquinas não têm ouvidos

São pontos sempre " en passant"!

Dos ventos que uivam sozinhos

Sequer a escutar os afãs...

Há bulhas que batem no tempo

De muda relatividade...

Caminhos são como tormento

No rastro das grandes cidades.

Poetas então se atrevem

A perpetuar toda a rima...

Que solta flutua tão leve

Como se fosse breve sina.