Paço do Som
A língua sai de seu descanso
Sob o céu da boca
E sobe até tocar (Não como uma tangente
Mas como uma secante)
Nas laterais do mesmo
Tocando no esmalte dos dentes.
E em surdina, expira-se o ar
Que sobe traquéia acima
Dança entre o solo da língua
E o céu da boca
E sai por entre os dentes
Sonorizando o conhecido esse
Não o esse casual, pois falamos foneticamente
E casualmente, o esse é zê
Mas falamos sim, do esse que se assemelha
Ao cê-cedilha
Que calça e descalça
E nunca se cansa
Não sobe nem desce, não segue nem desiste
Pois é um ricaço e mora num paço
Com portões de aço
Em Itaipuaçu