NA MADRUGADA
NA MADRUGADA
Na madrugada
A lua sorri
Quem sabe ao sol
Que lhe cede luz
Quem sabe a um insone
Que a admira
E sonha sonhos
Impossíveis
Para poder sobreviver
Aos parcos devaneios
Que a realidade impõe
E que vão surgindo
Aos primeiros raios
De uma luz
Que possibilita a tudo ver
Ofuscando as sandices
Do divagar no escuro
E no silêncio
Que dá lugar aos alaridos
De vozes que grasnam
Impedindo ouvir
Pássaros que gorjeiam
Na madrugada
Pelo menos
O ouvido tem paz
Enquanto olvida o jaz