NA MADRUGADA

NA MADRUGADA

Na madrugada

A lua sorri

Quem sabe ao sol

Que lhe cede luz

Quem sabe a um insone

Que a admira

E sonha sonhos

Impossíveis

Para poder sobreviver

Aos parcos devaneios

Que a realidade impõe

E que vão surgindo

Aos primeiros raios

De uma luz

Que possibilita a tudo ver

Ofuscando as sandices

Do divagar no escuro

E no silêncio

Que dá lugar aos alaridos

De vozes que grasnam

Impedindo ouvir

Pássaros que gorjeiam

Na madrugada

Pelo menos

O ouvido tem paz

Enquanto olvida o jaz

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 01/07/2017
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