O FEIRANTE

- Ó, correto feirante, bondoso vendedor,

falante de tantas ofertas a fregueses!

- Ó, lembrado feirante, passado de pudor,

comerciante honesto, quase irmão, por vezes!

Feiras semanais, senhoras, produtos sadios.

Donas de casa sem carros, tempo que havia

nas boas compras e sem esquecimentos tardios:

legumes, aves vivas... de nada se esquecia.

Na chegada invasora das lojas gigantes,

as compradoras partiram motorizadas

e invadiram supermercados elegantes.

Pra outros cantos foram os sempre feirantes,

levando consigo bens manufaturados.

Morreu uma amizade - surgiram negociantes!

Fonte virtual: Site Usina de Letras, 01/04/2000.

Outros poemas de minha pena em http://www.usinadeletras.com.br/exibetextoautorpc.php?user=omartins&cat=Poesias&vinda=S.

Oswaldo Francisco Martins
Enviado por Oswaldo Francisco Martins em 30/06/2017
Reeditado em 30/06/2017
Código do texto: T6041549
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