O FEIRANTE
- Ó, correto feirante, bondoso vendedor,
falante de tantas ofertas a fregueses!
- Ó, lembrado feirante, passado de pudor,
comerciante honesto, quase irmão, por vezes!
Feiras semanais, senhoras, produtos sadios.
Donas de casa sem carros, tempo que havia
nas boas compras e sem esquecimentos tardios:
legumes, aves vivas... de nada se esquecia.
Na chegada invasora das lojas gigantes,
as compradoras partiram motorizadas
e invadiram supermercados elegantes.
Pra outros cantos foram os sempre feirantes,
levando consigo bens manufaturados.
Morreu uma amizade - surgiram negociantes!
Fonte virtual: Site Usina de Letras, 01/04/2000.
Outros poemas de minha pena em http://www.usinadeletras.com.br/exibetextoautorpc.php?user=omartins&cat=Poesias&vinda=S.