O CANTO DA CIGARRA
Canta cigarra, canta
Canta nas manhãs de verão
Na mata, na roça
Lá no sertão
Eu aqui na cidade a lembrar
Dos tempos de criança
Teu canto anunciava
A chegada do verão
A proximidade do natal
Sentado sob a pitangueira
A te espreitar
A te idolatrar
Mas por onde andas?
Não te ouço mais
Teu cantar me faz falta
Nas manhãs ensolaradas
De minha cidade
Nós homens, te exilamos.
Execramos-te da metrópole
E agora por onde andas?
Desejo ouvir o teu canto
Mas para o meu espanto
Só me resta a lembrança
Do canto da cigarra
Que belo era teu canto....
Valmir Vilmar de Sousa (Veve) 28/06/17