INSANÁVEL
Todo dia uma força arrebenta meu peito
Empurrando uma energia descontrolada
Que vai saindo, saindo, sem deixar nada
Esgotando esse meu interior imperfeito.
Segue o rumo até onde não sei quando,
Como se fosse buscar o real-improvável
E volta trazendo todo esse inexplicável
Sentir que, à noite, vive me dominando.
E quando de repente eu consigo dormir,
Uma inconsciência não respeita a razão,
E grita pela coragem que não vem jamais.
E sobre essa vontade tão insana de agir:
Ela é como a paz que um dia ousa partir,
E quando nem o verso não adianta mais.