Heroismo

Não olho mais para o tempo

não choro mais de saudade

Busco no presente o sentimento

agreste, viril, da verdade.

Escuto o som retumbante do trovão

os tiros inimigos pelas ruas da tristeza

a arte de fazer da destruição

o germinal arrogante da realeza.

Não escrevo mais versos de amor

não sonho com rimas e luzes

apenas sinto que a vida é de pavor

é de lágrimas, sangue e cruzes.

Os vícios estão matando a história

adoencendo as almas e suas virtudes

derramando sangue sem heroismo e glória

clamando por um basta, algo que nos ilude.

Minha poesia seca e destemida

tange a dor que corta o tempo e a ilusão

seca a água pura que dava a vida

destrói a essência inocente que havia num coração.

Luciano Cordier Hirs
Enviado por Luciano Cordier Hirs em 28/06/2017
Reeditado em 28/06/2017
Código do texto: T6040301
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