ANSEIOS
A folha em branco
Pede um poema
Mas a cabeça
Está cheia de abismos
A memória inventa
Uma palavra estranha
Finjo não ver o despenhadeiro
Pontilhando o caminho das palavras
Deixando uma nesga de dúvida
Entre a rua vazia
E os anseios que me ardem o peito.