MORTE DA COERÊNÇA
O açoite da chibata...
Não mata a coerência
o grito do desvalido
a fome do faminto
o olhar da incoerência
e o menino na lata de lixo.
A ganância do poder,
faz morrer a coerência...
A fila de impedimento da saúde
o currículo do amanhã para o emprego
as lagrimas e as dores das doenças
a matricula deturpada da democracia
a liberdade da misera
e o oceano de uma bacia.
A ganância do poder
é a grande construtora da
imbecilidade da cultura.
O desmando do país...
Não lhes cabe na coerência
A subida elevada dos preços
o desvalorizamento salarial
uso incoerente da simplicidade
terremoto de uma taça cheia
o avanço capital
mesa sob vontade vazia
o enriquecimento das crenças
e o choro da cara de pau...
O desmando do poder, promove...
A falta de vaga que vaga
na vaga da precisão
a flecha, atirada a meiguice
com pedra no coração.
Antonio Montes