Musa da madrugada
Desovo os restos
Do que sobrou do meu corpo
No colchão frio e roto
Tenho perdigotos como amigos
E o esgoto continua entupido
Com cheiro de álcool e cigarro
Meu hálito se espalha
Por esta imitação de casa
Sou um ser da madrugada
Sei ver no escuro
Rastejar sem ser achada