Dos Invernos!
Dali, além, de mais adiante, aquém,
Uiva a brisa no corte da tarde que esfria,
Passos às tontas pela faixa da rua,
Criava o rasgo pneumático, capote & sangue,
Fumaça incapaz, aqueles acertos comedidos,
Unhas cravando, cravo escavado na pedra,
Como se fosse passar um serviço para alguém,
Conta não contabiliza contatos & condados,
Passantes urdidos na inexpressiva pressa,
Voz na pressão, fisão termo-molecular viva,
Alpendres com receitas em aramaico a tintas,
Do que inibe, do que proíbe, por todos os vacilos,
Oscilação vegetal com decomposição & prosas,
Provençais & canibais desenhando alguns limões,
Latas descartadas em vinco, gárgulas góticas,
No caminho a moeda que rola a perder no bueiro,
Cada conto recontado, alterado, estropiado,
Ladeira para rodas que se soltam na solidão,
No relevo apenas água se aproxima vigorosa,
Sons que desaparecem no último grito,
Olhou o dia que se acabava, esperando a noite,
Para tentar sorrir com a Lua & as estrelas,
O nevoeiro mantém ainda, tudo apagado!
Peixão89