Dos Invernos!

Dali, além, de mais adiante, aquém,

Uiva a brisa no corte da tarde que esfria,

Passos às tontas pela faixa da rua,

Criava o rasgo pneumático, capote & sangue,

Fumaça incapaz, aqueles acertos comedidos,

Unhas cravando, cravo escavado na pedra,

Como se fosse passar um serviço para alguém,

Conta não contabiliza contatos & condados,

Passantes urdidos na inexpressiva pressa,

Voz na pressão, fisão termo-molecular viva,

Alpendres com receitas em aramaico a tintas,

Do que inibe, do que proíbe, por todos os vacilos,

Oscilação vegetal com decomposição & prosas,

Provençais & canibais desenhando alguns limões,

Latas descartadas em vinco, gárgulas góticas,

No caminho a moeda que rola a perder no bueiro,

Cada conto recontado, alterado, estropiado,

Ladeira para rodas que se soltam na solidão,

No relevo apenas água se aproxima vigorosa,

Sons que desaparecem no último grito,

Olhou o dia que se acabava, esperando a noite,

Para tentar sorrir com a Lua & as estrelas,

O nevoeiro mantém ainda, tudo apagado!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 12/08/2007
Código do texto: T603804
Classificação de conteúdo: seguro