Estamos desapredendo de amar
Quantos dias vazios sombrios, esquecidos no tempo entregues ao vento, são tantos que já secou meu pranto das horas amargas e dias turbulentos contidos na solidão, foram lágrimas doce e salgada a escorrer pelo meu rosto molhando o travesseiro. Hoje não quero pensar na dor para não sentir, o desamor, a falta de carinho, os anseios que vem com a solidão e a desilusão. Não quero pensar a tudo que causa a descrença no amor, seria como abrir um corte profundo sentir novamente a dor imensa e velo sangrar até chegar à sombra da morte, mas ainda levaria essa dor para a eternidade. Sou humana tenho minhas fraquezas, minhas carências, às vezes precisas de um colo e deixar as lágrimas rolarem pelo rosto à vontade e saciar no pranto aquele lado criança que deixamos, ao nos tornar adultos e que às vezes nos faz falta para suprir esse lado adulto em que às vezes só encontramos a miséria humana, que nos deixa tristes e nos sentimos tão pequenos frustrados com a nossa incapacidade a nossa fragilidade de mudar o pensar que já está arraigado na natureza humana, (estamos desapredendo de amar), mas ninguém é totalmente bom, assim como ninguém é totalmente ruim, é só uma questão de olhos de ver o coração e sentir a alma, para se construir e viver num mundo mais bonito mais humano, e para mudar o pensar de outros devemos começar por nós. Devemos ser como as águas dos rios que corre para o mar, ter o oceano dentro de nós, ser como aquele barco que resiste a turbulências e ancora no cais, e nas turbulências da vida, nas tribulações, nas emoções, ter paciência que com ela vem a experiência e traz a esperança e com ela a certeza de transpormos os obstáculos. Por que a solidão são momentos que vem e que passam, por que tem sempre alguém que nos encontra e tira a dor e nos devolve a crença no amor.
25/06/2017