Asa Branca

Asa branca solitária

Que sobrevoa o meu sertão

Seu ninho perdeu se na seca

No pó vermelho do chão

Restou lhe apenas lamentos

Tristeza e solidão...

Assim como você, eu também

Vi se transformar o meu destino

No verde minguando aos poucos

Nas vidas mortas surgindo

Nas veias dilaceradas

Do meu coração se partindo...

O horizonte sem esperança

Abraçado ao sol impiedoso

Traçou os nossos destinos

Tão amargos, penosos

A viver os nossos dias

Vazios e espinhosos...

O teu canto muda o cenário

Fez se o mais triste cantor

Não sei se de saudades

Ou chamadas de amor

Sei apenas que o eu canto

São meus gemidos de dor...

Luis Antônio Mendonça
Enviado por Luis Antônio Mendonça em 26/06/2017
Reeditado em 26/06/2017
Código do texto: T6037597
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