SOU A SEMENTE
Eu sou a semente
Que foi germinada
Afinal sou gente
Que crê e que sente
Seguir nesta estrada!
Eu sou esse grão
Que se viu crescer
Mesmo em solidão
Eu vou dizer não
A quem não me quer!
Eu serei a espiga
Para desfolhar
Uma voz amiga
Que em cada cantiga
Eu tento cantar!
Talvez seja fruto
Desse teu jardim
Ou até produto
Que num estado bruto
Me deixa assim!
Depois na colheita
Sou folha ceifada
Sou poema à espreita
Na vida desfeita
Que afinal…é nada!
Renato Valadeiro