DO NADA SE FEZ TUDO...
E nada!
Um vácuo imenso...
E eu nem penso, nem dispenso
O nada que se faz mais denso...
Mas tudo,
E, sobretudo, mudo...
Somente o nada jaz, contudo,
No nada há um conteúdo...
E nada!
E tudo!
E isolada a minha voz!
Em uma solidão atroz...
Que era o nada mais que tudo
Em meu silêncio de veludo...
E assim nasceu a poesia!
Que fez do nada ser em tudo...
E tudo preencher o nada
Naquele instante que jazia...
... Nas linhas que eu me escrevia!
Autor: André Luiz Pinheiro
12/06/2017