CONTEMPLANDO O MAR...
Marolas das madrugas frias
Serão tuas águas mornas?
Vento bate em tuas canseiras
E vai jogando-te de norte a sul
Nesse teu viver rude e fatigante
Oh, marolas espumante!
Espalham bolhas titubeantes
Parecem bolhinhas de sabão
Levando e lavando as ilusões
Quiçá... Também as desilusões
Repentinamente espalham-se
Não importa se seja noite ou dia
Esbarrando-se as margens de areia
Frágeis estouram... As suas cores...
Que restou das dores? Eram amores?
Esparramaram-se entre as ondas
Ventanias agitadas desfazem as marolas
Seus amores, suas dores e suas cores
Ocultas bagagens pesando em seu ondular
E as olas afogam tudo pro fundo do mar...
Melhor que fiquem por lá.
Garanhuns, 25 de junho de 2017.
Profundo suspirar renova os ares dos pulmões.