VAIDADE DE PEDRAS

Uma vaidade de pedras

em suas cidades... Saudades!

Futuro como concretos esvoaçados

fumaças, em suas janelas e varandas

calçadas, paredes e abobadas, pinchadas

deturpação dos silêncios corrompidos

almas na fila das reclamações...

Jazidos de cerâmicas combalidos.

Cidades, pedras duras feitas e naturais...

Seus retos, retângulos seus restos

banners e ângulos, ótica da caótica torta

seus triângulos losangos, orangotango

e suas estatuas esboçando tangos

loucos sem planos, bocas sem rango.

mundo de enganos,

tempo arrastando seus preciosos, anos.

Cidades... Suas verdades

veredas cheias de placas

suas celas de pedras

seus confortos de latas.

Cidades, pacas e opacas

enveredando-te...

sob os muros das desgraças

Antonio Montes

Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 24/06/2017
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