PESADELOS



As batidas do martelo do vizinho, nas paredes do tempo quebrando
quebrando
quebrando.

A madrugada insone, ao longe amedrontado, o cachorro latindo
latindo
latindo.

O martelo, o cachorro, a goteira irritante, incessante,
pingando
pingando.

A insônia virou pesadelo, sufocando os sonhos, os pensamentos
apontando
apontando,
Portas sem saída.

Madrugada louca,
No silêncio assustador, o mundo, o caos, que horror!
Tirando o meu juízo.

Engana-se quem pensar que existe um paraíso
Por algum tempo até se sonha, sem esperança.

Os sonhos o que são, senão a mais pura ilusão
de promessas vãs... Guardadas nas lembranças.
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 24/06/2017
Reeditado em 18/07/2017
Código do texto: T6036193
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