CARREIRA E PONTO

Uma carreira na asneira e ponto,

ponto tonto, ponto a ponto...

Ponto, que me atonta tanto!

Na fila da feira, derradeira

com fieira e sal na moleira.

Como peixe... Não me deixe!

boiando n'essas águas...

Chorarei tanto, pelos cantos!

Aquebranto minhas lagrimas,

solidão me extravasa

e me vejo em pranto.

Há quem diga...

Que na briga, se cedilha

cê na ilha, de barriga p'ra cima

... Entre parentes inocentes

gente; reticência descontente

vento venta, você inventa

sua venta, seu auto-estima...

Vou de circo, circunferência

rabisco pausa e conjunção

posso exclamar interrogar, virgula!

Moldar o verbo, me pego cego

pontuar no travessão

quem sabe, ponto p'ra parar

essa tônica no tempo bom.

Eu aposto, apóstrofo filosófico

desemboco grave, esse trema til

no prefixo circunflexo desatina

vou de agudo, tônica e vocal

então me avexo, virgula!

Hífen e três pontos informal...

Tonto mastiga e ponto final.

Antonio Montes

Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 23/06/2017
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