Vultos

O toc toc dos passos na penumbra

São ecos que soam incertos

Ao tocar o piso daquele andar.

Sinto-me ilha

Cercada de olhos por todos os lados.

Não ouso encarar os vultos

Fitando-me intensamente.

Têm a frieza do aço.

Medo, pavor, arrepios..

.

Penso em correr, fugir,

Mas pra onde quer que eu vá

Me vigiando estão;

Então eu crio coragem

E encaro a miragem

Fruto da imaginação:

Não mais que os faróis dos carros

Na coletiva garagem.

30/11/2013

Cida Micossi
Enviado por Cida Micossi em 21/06/2017
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