Indiferença
É dor que dói no peito alheio.
É silêncio, sem esteio, sem rosto.
Amor não correspondido... Às vezes.
Mundo invertido,
Mágoa encravada,
Tormenta.
Arrebata...
Invisível, apenas aparece ao cérebro atormentado.
Ao outro, inverso: opressão -
Subjetividade reflexionada apenas a si,
Vê somente o que interessa,
Ama quando quer.
Mas quem disse que o amor deve sempre agradar?
De onde se tira que é necessária a recompensa?
Amar, meus caros,
é ato vio-lento:
Às vezes viola a si mesmo,
Em outras demora em demasia.
Enquanto isso, a vida,
Essa grande indiferença,
Segue sofrida:
Ela, por si, nem sempre é do jeito que se quer.