ROSINHA

ROSINHA

Nos palácios em florais,

nas janelas e nas praças,

nos quintais das palafitas

tem valor, cheia de graça!

Rosa dos ventos

em pontos cardeais.

Rosa de hiroshima

vítimas fatais.

Inscrita na história

imprescrita no tempo.

O glamour da rosa permeia

os bailes de casamento.

Em todo canto do mundo,

nas catedrais em umbrais.

A rosa branca se assenta

em requintados funerais.

Rosa de tantas dores

muitas matizes,

pouca sorte,

muitos amores.

Corpo frágil à luz da noite,

muito forte à luz do dia.

Joelhos chegados ao ventre

Ramos protegendo a cria.

De rotina sempre igual

a toda rosa nascida,

fingia não sentir dor.

Não tinha medo da vida.

Essa Rosa do Sol foi pra mim

a vida que não viveu

o amor que nunca sentiu.

O sonho que não nasceu.

Ao segredo revelado,

falando pra dentro da Lua

no silêncio vigiado

em trêmulo canto exclamou:

- Ele sempre te amou.

A sombra entrou na janela

em dia de sol e chuva

e pra tristeza do jardim

a rosa despedaçada

sem corante desvalida,

caiu no chão do quintal

deixando pra sempre a vida.

Ancelma Bernardos
Enviado por Ancelma Bernardos em 21/06/2017
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