ROSINHA
ROSINHA
Nos palácios em florais,
nas janelas e nas praças,
nos quintais das palafitas
tem valor, cheia de graça!
Rosa dos ventos
em pontos cardeais.
Rosa de hiroshima
vítimas fatais.
Inscrita na história
imprescrita no tempo.
O glamour da rosa permeia
os bailes de casamento.
Em todo canto do mundo,
nas catedrais em umbrais.
A rosa branca se assenta
em requintados funerais.
Rosa de tantas dores
muitas matizes,
pouca sorte,
muitos amores.
Corpo frágil à luz da noite,
muito forte à luz do dia.
Joelhos chegados ao ventre
Ramos protegendo a cria.
De rotina sempre igual
a toda rosa nascida,
fingia não sentir dor.
Não tinha medo da vida.
Essa Rosa do Sol foi pra mim
a vida que não viveu
o amor que nunca sentiu.
O sonho que não nasceu.
Ao segredo revelado,
falando pra dentro da Lua
no silêncio vigiado
em trêmulo canto exclamou:
- Ele sempre te amou.
A sombra entrou na janela
em dia de sol e chuva
e pra tristeza do jardim
a rosa despedaçada
sem corante desvalida,
caiu no chão do quintal
deixando pra sempre a vida.