Ignorância repentina
Já não sei mais o que vejo
Já não sei mais o que sinto
Nem o que desejo.
Já não sei porque os riachos
Não escorrem mais como antigamente
Já não sei porque ando tão displicente
E tão decadente.
Já não sei te amo
Também não sei se te quero
Muito menos, se te espero.
Tudo que era simples
Ficou tão complicado
O que antes era comum
Tornou-se tão raro.
Já não sei o que é certo ou errado
Já não sei se sou amado
Tampouco, odiado.
Já não sei mais o que fiz
Não sei mais o que pensar
Já não sei se sou feliz.
23/10/2014