OS LÁBIOS PRETOS DA AURORA

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A beira do mar, caminho mar à dentro

Mas não para tão profundo, quanto os meus sentimentos

Embora sem neblina e sem orvalho, repousam nos meus pés as ondas do mar,

Na noite de lua cheia.

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Entrego-me à penumbra

Até que me pereça a sombra,

Até que seja, eu (corpo, cigarro e alma),

Sentado(s) ao pé da lua,

doce companheira,

trocamos gargalhadas e sorrisos,

Fumamos dos mesmo tormentos,

E a aspiração das nossas ângustias nos inspira a formar nuvens,

Emprestamos os nossos olhos e chuvemos em silêncio sem gritar mamã!

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Adilson Sozinho

Adilson Sozinho
Enviado por Adilson Sozinho em 17/06/2017
Código do texto: T6030196
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