Algoz atroz

Algoz atroz

Me arrastava,

Com os pés no chão

E com a mente feito um turbilhão

O rastro de pegadas debilitadas foram fincadas

A margem do escasso mar de serenidade

As algemas enlaçadas em meus pés

Machucaram o meu rumo

Me arrastando pela areia

Sem olhar para nenhuma direção

Às vezes,

Uma hora de sossego

E as vinte três seguintes de desespero

Fui ficando corroído pela dura realidade

Meus pés já não eram firmes para suportar tão grande jornada

Pálida, franzina e débil

A minha alma adoecia, em um leito ela foi jogada...

Abatido e sem perspectiva

Chegou um momento que eu me repuxava, me sacudia

Mas nada acontecia...

A morte era consequência

E eu era escravo da penitência

O meu algoz era o meu vício

Vício ingrato...

Me sugou a essência de uma grande parte de minha vida...

Carrasco que ceifou um membro do corpo de minha família....

Felippe Lacerda
Enviado por Felippe Lacerda em 17/06/2017
Reeditado em 17/06/2017
Código do texto: T6030159
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