AGONIZANTE
AGONIZANTE
Se alienado fosse
Não viveria encurralado
Tampouco inutilizado
Por forças que não vejo
Mas sinto na carne
Ferem-me no âmago
Matam-me aos poucos
E não há remédio ou cura
Que possa comprar
Destinado a morrer
Prescindível que sou
Assisto em lenta agonia
A morte da terra onde vivo
Que um dia chamei de esperança