AGONIZANTE

AGONIZANTE

Se alienado fosse

Não viveria encurralado

Tampouco inutilizado

Por forças que não vejo

Mas sinto na carne

Ferem-me no âmago

Matam-me aos poucos

E não há remédio ou cura

Que possa comprar

Destinado a morrer

Prescindível que sou

Assisto em lenta agonia

A morte da terra onde vivo

Que um dia chamei de esperança

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 16/06/2017
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