O Sultão Acalorado
Ana Esther
Que calor danado sentiu o Sultão
Apavorados, os súditos faziam salamaleques
O soberano não aguentava o calorão
Até que o gênio da lâmpada “piscou”: dois leques!
Mas qual a razão da inesperada quentura?
Jamais sentiu-se o Sultão assim vulnerável.
Diante dele, grandes olhos fitavam-no com ternura...
A dona daquele olhar, de beleza admirável.
Os leques abanavam o Sultão sem cessar.
A donzela sorria alegre para o seu amor.
Tremeu na base o Sultão, na hora de se casar...
Nem pôde das faces, disfarçar o rubor!
*Este poema eu compus durante uma atividade sugerida por Milka Plaza na Oficina Literária Boca de Leão na Biblioteca Pública de Santa Catarina no mês de maio/2017.