A MORTE DO VAGA-LUME

Aquele vaga-lume

Morreu nas iminências

De a lua no céu surgir.

Era verão, fim de tarde

Quente e avermelhado

Tinha o vaga-lume alegria

No pequeno coração por

Saber que iria ver pela

Primeira vez sua mãe plena.

O sonho findou em mistério,

Pois mergulhou o vaga-lume

Na escuridão cheia e derradeira

Antes de a lua inaugura-se

No céu das eternidades outra vez.

Morreu o vaga-lume, morreu.