ENFIM, A LIBERDADE!...

 
Nasce o ser...
Cresce e floresce
em cores de primavera.
Gira a roda dos anos,
declina a quimera
no vento do desengano.
 
Num outono prisioneiro
enfraquece e fenece...
Entre dores e solidão
matéria de pouca serventia,
pele enrugada pelos momentos,
a mesma, que sorria um dia...
 
Sentimentos antigos se diluindo
nos moinhos das estações...
Em intervalos da memória
dança de intensas emoções,
sonhos da jovem de outrora
em papéis-seda de esperança.
 
Na contramão da história
o encanto-canto silencia
cansado das andanças.
Na calada da madrugada,
lembranças do perdido norte,
resquícios da velha infância...
 
A brisa da pouca sorte
soprando a utopia adiante
e em vales obscuros,
a felicidade sempre distante...
 
Medo do escuro...
Aflição...
A escuridão terrena se apagou,
fim do túnel...
A luz divina aflorou.
Chegada hora de estancar
mágoas e sofrimentos,
cumprida missão!
 
Corpo ao pó do tempo...
Num prelúdio final,
em noite de lua cheia
a existência é só mais uma cena,
onde um personagem prisioneiro
em monólogo ou não, encena...
 
E... Voa livre a casta alma imortal,
distante do cativeiro!...

 
11/08/2007
Em saudades...

Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 11/08/2007
Reeditado em 09/12/2010
Código do texto: T602862