O PERFUME
A chuva traz aroma errante às portas
Da noite austera – são fragrâncias mortas,
Espectros vis do que se quis passado
Ou o hálito de sonho fracassado?
Um misto de surpresa e horror assoma,
O olor que a forma das memórias toma
E adensa o apelo nos telhados, calhas
Decrépitas – a chuva canta as falhas
De abrigo que não justifica às almas
O sono mais tranqüilo em noites calmas.
Atrasos e tropeços nas calçadas,
Janelas sonolentas, bem cerradas
E o vento uiva à distância as ameaças
A becos sórdidos, a imundas praças.
Será o perfume que permeia o caos
Um negro espírito de augúrios maus?
A chuva traz aroma errante às portas
Da noite austera – são fragrâncias mortas.
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A chuva traz aroma errante às portas
Da noite austera – são fragrâncias mortas,
Espectros vis do que se quis passado
Ou o hálito de sonho fracassado?
Um misto de surpresa e horror assoma,
O olor que a forma das memórias toma
E adensa o apelo nos telhados, calhas
Decrépitas – a chuva canta as falhas
De abrigo que não justifica às almas
O sono mais tranqüilo em noites calmas.
Atrasos e tropeços nas calçadas,
Janelas sonolentas, bem cerradas
E o vento uiva à distância as ameaças
A becos sórdidos, a imundas praças.
Será o perfume que permeia o caos
Um negro espírito de augúrios maus?
A chuva traz aroma errante às portas
Da noite austera – são fragrâncias mortas.
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