NOITE DE CHUVA

Abro a porta, saio à rua,
na calçada molhada
poças dágua
se espalham com graça,
sob a luz reticente
de alguns postes indecisos.
Eu não penso,
eu não falo.
Só caminho e me calo,
misturando-me à chuva
e ao silêncio da noite,
que é de pouca palavras,
como eu também sou.