SEM QUERER NADA
SEM QUERER NADA
Sem contar rimas nos versos
Pula o poema no papel
Dança com palavras que chegam
Degusta-as como se fossem mel
Na boca um bom-bocado
Que alimenta a alma sedenta
Não se sabe de onde veio
A poesia em linhas aumenta
Em novelo de sentimentos
Sem razão e cabimento
Segue a estrada leve e solta
Não cansa os pensamentos
Há se a mão que escreve
Não fosse ela a poesia
Seria presa no tempo
Sem janelas morreria.
Elma Sales Morais