vagamento

os dedos não sabem

das palavras que os motivam

nem da ideia, nem dos anos

que se cristalizaram nas fibras do coração

luzes e postes se juntam, esparram

sementes pelos ares, tao belo o campo

alumiado, a criança que corre, o vento varrendo

a relva noturna, pisamos lento e cuidadoso nos

pedregulhos dos anos, espaço e tempo como

alçapão da verdade, janelas que revela apenas

mais escuros, portas que não levam a nenhum

lugar, nada, nada não! diria a resposta a pergunta

o que soube, o que viu, que rara beleza coletou?

nada não, sal e fermento, cantiga morna nas galerias

do tormento, vento frio, teu nome, teus olhos falando

do teu cansaço, e minha briga pra ser bom, pra ser amado,

minha briga pra ser luz, ser, diferente de retalho

Alex Ferraz Silva
Enviado por Alex Ferraz Silva em 12/06/2017
Código do texto: T6025603
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