TÃO SÓ

Sentado aqui neste banco de praça

Não percebo que o tempo passou

Da vida nada mais acho graça

Só lamento agora o que de mim restou

Crianças brincam em meu redor

Os pássaros até cantam para mim

Mas mesmo assim sinto-me tão só

Como um fardo a desabar assim

Lembranças me correm pela mente

Assim como em um filme reprisado

Parece até que estou ficando demente

Pois para mim é como vivesse no passado

Que coisa é essa que se passa comigo

Angustia e solidão teima em aqui ficar

Até a ausência dos mesmos amigos

Rasga meu peito ao relembrar

Eu desejo que tudo seja diferente

E a alegria volte a me dominar

Que a paz em minha alma se faça presente

E não permita que volte a chorar

Múcio Amaral da Costa
Enviado por Múcio Amaral da Costa em 12/06/2017
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