Da Pureza do Nada
Nessa aventura...nessa bárbara lixeira
a aventureira e o lixo da mistura
são, uma : a pura que perdeu-se na sujeira;
e o outro : eira pra pureza que procura.
A dor (inimiga) é parceira na jornada
porque, afiada, corta tudo o que liga :
túmulo, barriga...os apegos da estrada;
que segue pro nada desde que nada prossiga.
Então, eis o puro! Encontro com o começo;
inverso do avesso; retorno ao futuro.
E o dia escuro (transporte tão espesso!)
acende-se da morte que há tempos morria...
da sujeira guia...do lixo que era norte...
Tem o passaporte pro nada...pra pura via.
Torre Três
11-06-017