LUA CHEIA
LUA CHEIA
Num manto escuro
Divisa-se uma bola
Redonda como o quê
Prateada que se vê
Ofusca outros brilhos
Mesmo os artificiais
Mostra-se por inteiro
Imperturbável em sua luz
Que no fundo é roubada
De alguém que a ilumina
Mas é sapeca essa bola menina
Inebria tudo e todos
Com seu ar romântico
Ilude enamorados
Com promessa de amor eterno
Mas é volúvel
As vezes mingua
As vezes cresce
Súbito some
Mas reaparece encantadora
Cheia de charme
Reacendendo o devaneio
E brincando com o amor alheio
Pranteia o prateado
Esquece o abandonado
E mãos entrelaçadas
Seguem o rasto iluminado
Até o raiar do dia
No mundo da lua