O HOMEM CRU
O homem cru não teme a morte
Desdenha a sorte
Nem reza forte
Dita seu destino
Ele é imenso em seu caminho
De pegadas pequenas
Firmes
Crosta grossa e rude
Indivíduo ilude
A hora humilde
E forja seu ego
Como a sergir um manto
Impenetrável em honra
O homem cru vive a certeza de um amanhã
Que nunca virá
De um ontem que não será esquecido
Em um hoje que valida, em tempo,
Sua breve crueza.