NÃO ESQUEÇA DAS MINHAS DERRAPADAS
Olhe minha flores, mas não esqueça dos meus engasgos,
Olhe meus músculos, mas não esqueça dos meus tombos,
olhe meus olhos, mas não esqueça das minhas escuridões.
Olhe minha voz, mas não esqueça dos meus remendos,
olhe meus aromas, mas não esqueça da minha insônias,
olhe minhas varandas, mas não esqueça do quanto tremi de frio.
Olhe meus castelos, mas não esqueça dos meus enterros,
olhe minha luz, mas não esqueça dos meus podres,
olhe minhas plantações, mas não esqueça dos meus terrores.
Olhe minhas garras, mas não esqueça das minhas despedidas,
olhe meus afagos, mas não esqueça das minhas berebas,
olhe meus sorrisos, mas não esqueça das minhas derrapadas
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