SALADA
SALADA
Desci
até ao intervalo entre uma e outra respiração
Agachei-me
e apanhei todas aquelas coisas secretas
que costumam esconder-se nos vãos
Em vão...
Segurei entre os dedos cada um daqueles segredos
E vi que não eram tesouros
Eram medos
Decidi então botar a boca no mundo
Destruiria em um só segundo
aquela imagem falsa de mim
Faria picadinhos
daquela face pintada
Mostraria que também sou ruim
Correndo riscos de não ser amada
Por ser assim como sou
Salada