COSTUMES

A própria imagem, meu filtro

Diz em voz bem alta

Ouro, meus tóxicos secretos

Sangue esplendoroso

Circula aperreado e forte

Na perfeição como se julga a gente

Mistérios simbólicos no ápice

Tornam os dias tão mais belos

Majestade sensível da escultura

Por esquiva, por falsa, por mutável

De onde não sei tanta simplicidade

O lastro do desejo ser promessa

Na metade do esforço concentrado

Total me é a curva das pressões

Que natureza morta, que paisagem

O nobre é de linhagem sublimada

Como clarão esplendoroso e loiro

Derrama nos lençóis a luz que mancha

Arrima-o teso e senta em cima

Pareça que a razão de gozo instale-se

Que encerra um manifesto, vem e recua

Enquanto o luar pela janela aberta

Como vaga exclamação de ótica

Sejam teus ais que se propagam

Miguel Eduardo Gonçalves
Enviado por Miguel Eduardo Gonçalves em 08/06/2017
Código do texto: T6021936
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