COSTUMES
A própria imagem, meu filtro
Diz em voz bem alta
Ouro, meus tóxicos secretos
Sangue esplendoroso
Circula aperreado e forte
Na perfeição como se julga a gente
Mistérios simbólicos no ápice
Tornam os dias tão mais belos
Majestade sensível da escultura
Por esquiva, por falsa, por mutável
De onde não sei tanta simplicidade
O lastro do desejo ser promessa
Na metade do esforço concentrado
Total me é a curva das pressões
Que natureza morta, que paisagem
O nobre é de linhagem sublimada
Como clarão esplendoroso e loiro
Derrama nos lençóis a luz que mancha
Arrima-o teso e senta em cima
Pareça que a razão de gozo instale-se
Que encerra um manifesto, vem e recua
Enquanto o luar pela janela aberta
Como vaga exclamação de ótica
Sejam teus ais que se propagam