Refem

Vozes ecoam aqui sempre

O passado não emudece

Sou refém do medo pretérito dos dias

Nenhum remédio alivia

A cabeça matematicamente se contrai em indecisões

Tudo que eu preciso

Precisa ser expresso

A locomotiva e lenta

E carregada de vagões

A essa velocidade nada e passageiro

E vivo de extremos e milagres

Mas como se não há fé

Nem mesmo sou movido de esperanças

Não há água aqui só breu

Escuro e o fundo do poço que de brinde a vida me deu

Consolo de escolhas equivocadas

Resulta em noites mal dormidas

Silêncio

Solidão

Não gritos apavorantes de socorro

E vozes que ainda ecoam do passado

Frustração

Delinquência

Furtador dos próprios sonhos

Labirintos sem saída

Equação mal resolvida

Que de uma história nada conta

Nem autor

Nem protagonista

Nem espectador

Lamento

Talvez assim seja

E ainda quem me dera se minha noite acabe num

Gelado copo de cerveja Marcelo Reis

DeNin
Enviado por DeNin em 06/06/2017
Código do texto: T6020522
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